Estanzuela 116 Trevo vermelho
Boa alternativa como componente de pastagens de rotação curta.
- Curto
- 2 - 3 anos
Estanzuela 116 provem de uma seleção de materiais trazidos da Nova Zelândia. É o cultivar mais difundido no Uruguai, no segmento de trevos vermelhos. É um cultivar diploide, de porte ereto a semiereto, floração precoce, bianual e sem latência invernal.
Possui uma destacada precocidade e alta produção total invernal, caraterística que o diferencia dos cultivares com latência, mesmos dos mais produtivos. Seu pico de máxima produção se dá em novembro. Sua vida produtiva é de dois anos, com eventuais aportes de forragem na terceira primavera.
Tem excelente rebrote e uma rápida produção de talos, que junto com seu ciclo curto, contribuem para aumentar seu rendimento. Quando a água não é restritiva, tem boas taxas de crescimento no primeiro verão. A produção do segundo verão está geralmente condicionada à incidência de podridão nas raízes, às altas temperaturas e déficit hídrico, cujos efeitos combinados reduzem a quantidade de plantas.
O trevo vermelho, assim como o trevo branco, é uma leguminosa com altos requisitos de fertilidade, e altas respostas à fertilização fosfatada. A dose de fertilização inicial e as refertilizações são superiores às requeridas para os cornichões e devem ajustar-se em função da análise do solo. Apesar de ser uma leguminosa que pode crescer todo o ano e ter uma raiz pivotante, possui alta suscetibilidade ao estresse hídrico, por isso é superada pela alfafa na produção de verão. Aconselha-se a semeadura no início do outono para aumentar a possibilidade de se obter forragem no primeiro inverno e chegar ao primeiro verão com plantas desenvolvidas, com bom sistema radicular, para enfrentar o déficit hídrico. Estanzuela 116 demonstrou boa implantação tanto em semeaduras convencionais como direta, e permite uma maior amplitude de datas de semeadura, que se pode estender inclusive até agosto. Adapta-se a diversos manejos de pastoreio, porém o manejo tradicional é com pastoreios rotativos em tiras para reduzir os episódios de timpanismo e aproveitar melhor a oferta de forragem. As desfoliações intensas no verão durante o período de déficit hídrico podem comprometer a persistência da espécie na pastagem.